[Officium] Feria Sexta in Parasceve [Rule] Full text [Prelude] !!Lectiones ! O Sacerdote e os seus Ministros, revestidos de paramentos pretos, sem lâmpadas nem incenso, vão diante do Altar, onde se prostam para orar durante alguns instantes. Enquanto isso, os acólitos estendem uma única toalha sobre o Altar. O Sacerdote, tendo acabado a oração, sobe os degraus com os seus Ministros e beija o centro do altar. Em seguida dirige-se para o lado da Epístola; um Leitor, no lugar em que se lê a Epístola, começa sem título a Profecia seguinte: _ !Os 6. 1-6 Eis o que disse o Senhor: «No meio da sua tribulação terão pressa de recorrer a mim. Vinde, dirão eles, convertamo-nos ao Senhor, pois Ele mesmo nos feriu e nos curará. Ele nos castigará e nos sarará. Em dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará e viveremos na sua presença. Então conheceremos o Senhor e segui-l’O-emos, a fim de O conhecermos melhor. Seu despertar será como o da aurora; virá como a chuva do Outono, que rega a terra. Que posso eu fazer-te, ó Efraim? Que posso eu fazer-te, ó Judá? vossa misericórdia é como a nuvem da manhã; é como o orvalho, que se evapora. Por isso te fiz sofrer pelos Profetas; matei-os com palavras, saídas da minha boca; e o teu julgamento brilhará, como a luz. É a misericórdia que eu quero. Prefiro o conhecimento de Deus a todos os holocaustos que me ofereçais». _ ! Não se responde Graças a Deus !Tractus !Habacuc 3 v. Senhor, ouvi a vossa voz e fiquei cheio de temor; meditei nas vossas maravilhas e fiquei extasiado. V. Manifestar-Vos-eis entre dois animais: quando os anos tiverem passado e quando os tempos tiverem vindo, manifestar-Vos-eis outra vez. V. Então a minha alma perturbar-se-á; mas Vos recordareis da vossa misericórdia para com ela, no dia da vossa ira. V. Deus virá do Líbano: e Aquele que é Santo descerá da montanha sombria e arborizada. V. Sua majestade cobrirá os céus; e a sua glória e o seu louvor encherão a terra. _ V. Sua majestade cobrirá os céus; e a sua glória e o seu louvor encherão a terra. v. Oremos. D. Ajoelhemos! R. Levantai-vos! Ó Deus, de quem Judas recebeu o castigo da sua perfídia e o ladrão a recompensa da sua confissão, concedei-nos o efeito da vossa misericórdia, a fim de que, assim como N. S. Jesus Cristo durante a sua Paixão tratou a um e ao outro segundo os seus méritos, assim também, havendo desaparecido a nossa malícia do «homem velho», nos tornemos participantes da sua ressurreição. $Qui tecum _ _ ! Em seguida o subdiácono canta a Liçao seguinte: !Exodus 12. 1-11 Naqueles dias, disse o Senhor, na terra do Egipto, a Moisés e a Aarão: «Que este mês seja para vós o princípio dos meses: o primeiro dos meses do ano. Falai a toda a assembleia dos filhos de Israel, dizendo: «No décimo dia deste mês cada um tome um cordeiro para cada família e para cada casa. Se na casa houverem poucas pessoas para comer o cordeiro, chamar-se-ão em casa do vizinho, que estiver mais perto, tantas pessoas quantas sejam necessárias para comer o cordeiro inteiramente. Esse cordeiro será sem mancha, masculino e com um ano de idade; se porventura faltar o cordeiro, podereis tomar um cabrito com iguais condições. Guardareis esse cordeiro até ao dia décimo quarto desse mês, imolando-o, então, pela tarde, toda a multidão dos filhos de Israel. Tomar-se-á o seu sangue, com o qual pintarão as ombreiras e alizares das portas das casas em que o cordeiro for comido. Nessa mesma noite comerão com pão sem fermento e leitugas silvestres a carne, a qual será assada no lume. Não comereis desse cordeiro nada que seja cru ou cozido em água; mas todo será assado no lume. Comereis a cabeça, os pés e os intestinos, e nada deverá ficar para o dia seguinte; porém, se alguma coisa ficar, tereis o cuidado de consumi-la no fogo. Haveis de comê-lo desta maneira: rins cingidos, pés calçados e bordão na mão. Comê-lo-eis com pressa, pois é a ocasião da páscoa, isto é, a passagem do Senhor». _ !Tractus !Sl 139:2-10, 14 v. Livrai-me, Senhor, do homem iníquo; livrai-me do homem injusto. V. No seu coração intentam desígnios iníquos; continuamente estão prontos para me combater. V. Afiaram as suas línguas, como as das serpentes; nos seus lábios está a peçonha das víboras. V. Defendei-me, Senhor, dos ataques das mãos do pecador; livrai-me dos homens injustos. V. Porquanto procuram o meio de lançar-me por terra; estes orgulhosos armaram-me ciladas. V. Armaram laços para me prender; prepararam ciladas e embustes no meu caminho. V. Eu disse ao Senhor: Sois o meu Deus; ouvi, Senhor, a voz da minha súplica. V. Senhor, Senhor, sois o meu sustentáculo e a minha salvação: no dia do combate abrigai a minha cabeça. V. Não me entregueis, Senhor, à fúria dos pecadores; não me deixeis à mercê dos seus desejos, para que não triunfem contra mim. V. Seus embustes cairão sobre si; as suas calúnias contra si se voltarão. V. Os justos, Senhor, louvarão o vosso nome: e os que possuem o coração recto contemplar-Vos-ão face a face. _ _ !!Passio ! Findo o Tracto, os Diáconos cantam a Paixão sobre os pulpitos desnudados. O Celebrante lê-a, em voz baixa, ao lado da Epístola. Paixão de N. S. Jesus Cristo, segundo S. João. ! Jo 18:1-40; 19:1-42 v. Naquele tempo, passou Jesus com os discípulos para o outro lado da corrente do Cédron, onde havia um jardim, e ali entrou com eles. Judas, que o traía, conhecia também este lugar, pois Jesus vinha ali frequentemente com os discípulos. Então Judas, pondo-se à frente da coorte e dos servos, que os pontífices e os fariseus lhe haviam fornecido, veio ali com lanternas, archotes e armas. Ora, sabendo Jesus o que ia acontecer, foi ao seu encontro e disse: J. «A quem procurais?». C. E responderam-Lhe: S. «A Jesus Nazareno!». C. Disse-lhes Jesus: J. «Sou Eu!». C. Judas, que o traía, estava também com eles. Apenas, pois, Jesus lhes disse «Sou eu», retrocederam e caíram por terra. Perguntou-lhes então Jesus pela segunda vez: J. «A quem procurais?». C. Eles responderam: S. «A Jesus Nazareno!». C. Respondeu-lhes Jesus: J. «Já vos disse que sou Eu; se, pois, me buscais só a mim, deixai ir estes». C. Disse isto para ser cumprida a palavra que havia proferido: «Não perdi nenhum dos que me destes». Então Simão-Pedro, que tinha uma espada, desembainhou-a, acutilou um servo do pontífice e cortou-lhe a orelha direita. Chamava-se Malco. Mas Jesus disse a Pedro: J. «Mete a espada na bainha. Porventura não hei-de beber o cálice que deu meu Pai?». C. Então a corte, o tribuno e os satélites dos judeus prenderam e amarraram Jesus. Depois conduziram-n’O à presença de Anás, que era sogro de Caifás e pontífice naquele ano. Fora Caifás quem dera este conselho aos judeus: «Convém mais que morra um só homem, do que todo o povo!». Entretanto, Simão-Pedro seguia Jesus com outro discípulo, o qual, sendo conhecido do pontífice, saiu, falou à porteira e fez entrar Pedro. Ao vê-lo, disse-lhe a porteira: S. «Não és tu, também, pertencente aos discípulos deste homem?». C. Respondeu Pedro: S. «Não sou». C. Os servos e os satélites estavam em torno do lume a aquecer-se, pois estava frio. Pedro estava também com eles, de pé, e se aquecia. Entretanto fez o pontífice perguntas a Jesus sobre os seus discípulos e sobre a sua doutrina. Respondeu-lhe Jesus: J. «Eu falei sempre ao mundo às claras! Ensinei na sinagoga e no templo, onde se reuniam todos os judeus, e nada ensinei ocultamente. Porque me interrogas, pois? Pergunta antes àqueles que ouviram o que ensinei. Eles aí estão, e muito bem sabem o que lhes disse». C. Enquanto Jesus dizia isto, um dos guardas que lá estava deu-Lhe uma bofetada, dizendo: S. «Assim respondeis ao pontífice?». C. Jesus disse-lhe: J. «Se Eu falei mal, aponta-me o mal que disse. Se, porém, falei bem, porque me bates?». C. Anás enviou-O, amarrado, a Caifás, que era o pontífice. Simão-Pedro continuava no mesmo lugar, se aquecendo. Disseram-lhe então: S. «Porventura não és tu discípulo d’Ele?». C. Pedro negou, dizendo: S. «Não sou». C. Um dos servos do pontífice, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse ainda a este: S. «Acaso te não vi eu no horto com Ele?». C. Outra vez Pedro negou; e, logo, o galo cantou! Depois disto conduziram Jesus de casa de Caifás para o Pretório. Era já de manhã; e por isso não entraram, a fim de que se não contaminassem e pudessem comer a Páscoa. Saiu, pois, Pilatos fora, a ouvi-los, e disse: S. «Que acusação fazeis a este homem?». C. Responderam e disseram: S. «Se Ele não fosse um malfeitor não to teríamos entregue». C. E Pilatos disse-lhes: S. «Tomai-O vós e julgai-O, segundo a vossa lei». C. Ao que os judeus retorquiram: S. «Não nos é permitido condenar ninguém à morte». C. Estas palavras foram ditas para que se cumprisse o que Jesus anunciara, indicando de que morte havia de morrer. Entrou, então, Pilatos no Pretório, chamou Jesus e disse-Lhe: S. «Sois o Rei dos judeus?». C. Jesus respondeu-lhe: J. «Dizes isso de ti mesmo, ou foram outros que te disseram isso de mim?». C. Pilatos respondeu-Lhe: S. «Acaso sou eu judeu? vosso povo e os pontífices entregaram-Vos às minhas mãos. Que mal fizestes?». C. Jesus disse: J. «Meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros certamente teriam combatido para que Eu não fosse entregue aos judeus; mas o meu reino não é deste mundo». C. Disse-Lhe Pilatos: S. «Então sois Rei». C. Respondeu Jesus: J. «Tu o dizes: Eu sou Rei! Eu nasci e vim a este mundo para dar testemunho da verdade. Todo aquele que procura a verdade escuta a minha voz». C. Disse-Lhe, pois, Pilatos: S. «Que é a verdade?». C. E, dizendo isto, foi novamente falar com os judeus, dizendo-lhes: S. «Não acho n’Ele crime algum digno de condenação. Ora, como é costume entre vós dar liberdade a um preso na Páscoa, quereis que solte o Rei dos judeus?». C. Então clamaram, novamente, todos: S. «Esse, não; mas sim Barrabás». C. Barrabás era, porém, um ladrão. Então Pilatos mandou açoitar Jesus, Os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-Lha na cabeça; e vestiram-n’O com um manto de púrpura. Vinham ter com Ele e diziam-Lhe: S. «Salve, ó Rei dos judeus!». C. Davam-Lhe também bofetadas. Pilatos saiu outra vez para fora e disse-lhes: S. «Eis que vo-l’O apresento novamente, para que saibais que não há n’Ele causa de condenação». C. Apareceu então Jesus, trazendo a coroa de espinhos e um manto de púrpura. E Pilatos disse: S. «Eis aqui o homem!». C. Apenas os príncipes dos sacerdotes e os satélites viram Jesus, gritavam e diziam: S. «Crucifica-O; crucifica-O!». C. E Pilatos respondeu: S. «Tomai-O vós e crucificai-O; pois não encontro n’Ele crime algum digno de condenação». C. Retorquiram-lhe os judeus: S. «Nós temos uma lei e, segundo ela, Jesus deve morrer, porque se diz Filho de Deus». C. Quando Pilatos ouviu estas palavras, temeu ainda mais. E, entrando outra vez no Pretório, perguntou a Jesus: S. «Donde sois Vós?». C. Jesus lhe não respondeu. Pilatos continuou então: S. «Não me respondeis? Ignorais que tenho poder para Vos mandar crucificar ou dar liberdade?». C. Respondeu-lhe Jesus: J. «Nenhum poder teríeis em mim, se vos não fora dado pelo alto; por isso, aquele que me entregou a ti é culpado de maior pecado». C. E Pilatos procurava algum meio com que salvasse Jesus; contudo, os judeus clamavam, dizendo: S. «Se O soltas não és amigo de César; porquanto, quem se faz rei declara-se contra César», Ouvindo estas palavras, Pilatos conduziu Jesus para fora e sentou-se no tribunal, em um lugar chamado Litóstrotos (que em hebreu significa Gabbata). Era então o dia de Parasceve (Preparação) da Páscoa, e quase a hora sexta. Pilatos disse aos judeus: S. «Eis o vosso rei!». C. Mas eles clamavam: S. «Tira-O; tira-O; crucifica-O!». C. E disse-lhes Pilatos: S. «Pois hei-de crucificar o vosso rei?». C. Os pontífices responderam: S. «Não temos outro rei senão César». C. Entregou-lhes, pois, finalmente, Jesus, para que fosse crucificado. Então seguraram-n’O e levaram-n’O. Puseram-Lhe, pois, uma cruz aos ombros e conduziram-n’O para um lugar, fora da cidade, chamado Calvário (que em hebreu significa Gólgota), onde O crucificaram, e com Ele dois outros, um de cada lado, e no meio Jesus. Pilatos escreveu também uma inscrição, que mandou colocar na parte superior da cruz, a qual dizia: «Jesus Nazareno, Rei dos Judeus». Muitos judeus leram este título, pois o lugar onde Jesus fora crucificado era perto da cidade. O título estava escrito em hebreu, grego e latim. Os pontífices diziam a Pilatos: S. «Não escrevas Rei dos judeus; mas sim que Ele dizia: Sou o Rei dos judeus». C. Respondeu-lhes Pilatos: S. «O que eu escrevi fica escrito». C. Entretanto, havendo sido crucificado, tomaram-Lhe os vestidos e dividiram-nos em quatro partes, sendo uma para cada soldado. Quanto à túnica, como era sem costura, toda tecida de alto a baixo, combinaram entre si, dizendo uns aos outros: S. «Não a rasguemos, mas deitemos sortes para ver a quem ficará». C. Isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que dizia: «Repartiram entre si os meus vestidos e sobre a minha túnica deitaram sortes». Isto mesmo fizeram os soldados. Estavam, então, de pé, junto à cruz de Jesus, sua Mãe e a irmã de sua Mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Vendo Jesus sua Mãe e perto dela o discípulo que Ele preferia, disse à Mãe: J. «Mulher, eis aí o teu Filho!». C. Depois disse ao discípulo: J. «Eis a tua Mãe!». C. Desde aquela hora, o discípulo a tomou a seu cuidado. Depois, sabendo Jesus que tudo estava consumado para se cumprir o que a Escritura anunciara, disse: J. «Tenho sede». C. Havia ali perto um vaso cheio de vinagre. Foram, pois, os soldados buscá-lo e, embebendo nele uma esponja, ataram-na a um ramo de hissopo e chegaram-Lho à boca. Havendo Jesus tomado o vinagre, disse: J. «Tudo está consumado!». C. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito! ! Ajoelha-se durante algum tempo, meditando-se no que se leu. Os judeus (porque era o dia da Preparação da Páscoa), não desejando que os corpos ficassem na cruz para o sábado (pois o sábado era solene), pediram a Pilatos consentisse que partissem as pernas aos crucificados e os descessem da cruz. Os soldados vieram e quebraram as pernas dos que haviam sido crucificados com Ele. Mas, tendo vindo a Jesus, como O vissem já morto, Lhe não quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-lhe com a lança o lado, do qual saiu sangue e água. E quem isto viu dá testemunho disso, e o seu testemunho é verdadeiro, pois sabe que diz a verdade, para que lhe deis crédito. Aconteceram estas coisas para se cumprir o que dizia a Escritura: «Não quebrareis nenhum dos meus ossos». Ainda a Escritura diz noutro lugar: «Contemplarão Aquele que traspassaram». _ ! Após o Munda cor o que se segue é lido em tom de Evangelho: v. Ó omnipotente Deus, assim como purificastes os lábios do Profeta Isaías com uma brasa de fogo, assim também purificais agora o meu coração e os meus lábios. Dignai-Vos, pela vossa benigna misericórdia, purificar-me inteiramente, para que possa dignamente anunciar o vosso Evangelho. Amen. _ v. Em seguida, José de Arimateia (que fora discípulo de Jesus, ocultamente, com medo dos judeus), pediu a Pilatos o corpo de Jesus, o que Pilatos permitiu. Veio, pois, e tirou o corpo de Jesus. Acompanhou-o Nicodemos (que no princípio da noite viera procurar Jesus) com uma mistura de mirra e de aloés, de quase cem libras de preço. Tomaram, então, o corpo de Jesus e envolveram-no em lençóis com aromas, segundo o costume dos judeus. Havia no lugar em que Jesus foi crucificado um jardim, e nele uma sepultura nova, onde ninguém fora ainda depositado. Foi aí (por ser o dia da Preparação da Páscoa dos judeus) que depositaram Jesus, pois este túmulo estava próximo. _ _ !!Intercessiones ! Em seguida o Sacerdote, em pé do lado da Epístola e conservando aos mãos juntas, principia sem preâmbulos as Orações. !Pro Ecclesia v. Oremos, irmãos caríssimos, pela Santa Igreja de Deus, a fim de que o Senhor, nosso Deus, se digne conceder-lhe paz e união e a guarde em toda a terra, sujeitando-lhe espiritualmente todos os principados e potestades; e que nos conceda uma vida calma e tranquila para glorificarmos Deus Pai omnipotente. _ P. Oremos. D. Ajoelhemos! R. Levantai-vos! v. Omnipotente e eterno Deus, que revelastes a vossa glória a todas as nações por meio de Cristo, conservai a obra da vossa misericórdia, para que a vossa Igreja, espalhada por todo o mundo, persevere com fé firme na confissão do vosso Nome. $Per eundem _ _ !Pro papa v. Oremos, pelo Santíssimo Padre, o Papa N. para que o Senhor, nosso Deus, que o elevou à ordem do Episcopado, o conserve incólume e livre, para utilidade da sua Igreja e para governar o santo povo de Deus. _ P. Oremos. D. Ajoelhemos! R. Levantai-vos! v. Omnipotente e eterno Deus, que pela vossa sabedoria fazeis subsistir todas as coisas, acolhei benigno as nossas súplicas, e pela vossa bondade conservai o Pontífice escolhido, para que o povo cristão, que a vossa autoridade governa, aumente nos méritos da sua fé, debaixo da direcção de tão grande Pontífice. $Per Dominum _ _ !Pro clerici et populo v. Oremos, também por todos os Bispos, Presbíteros, Diáconos, Subdiáconos, Acólitos, Exorcistas, Leitores, Ostiários, Confessores, Virgens, Viúvas e ainda por todo o santo povo de Deus. _ P. Oremos. D. Ajoelhemos! R. Levantai-vos! v. Omnipotente e eterno Deus, cujo Espírito santifica e governa todo o corpo da Igreja, ouvi as nossas súplicas por todas as Ordens, a fim de que pelo dom da vossa graça cada uma dessas jerarquias Vos sirva fielmente. $Per Dominum _ _ ! Pro Imperatore ! Se não é coroado, dizer, eleito Imperador v. Oremos, também pelo nosso Cristianíssimo Imperador N. para que o Senhor, nosso Deus, lhe submeta todas as nações bárbaras, para nossa perpétua paz. _ P. Oremos. D. Ajoelhemos! R. Levantai-vos! v. Omnipotente e eterno Deus, em cujas mãos estão todas as potestades e todas as leis do reino: olhai benignamente para o Império Romano; de modo que as nações que confiam em sua própria força, fiquem sujeitas à sua dextra. $Per Dominum _ _ !Pro catechumenis v. Oremos, também pelos nossos Catecúmenos, para que o Senhor, nosso Deus, lhes abra os ouvidos do coração e as portas da misericórdia, e, assim, havendo alcançado a remissão dos pecados pelo banho da regeneração, sejam connosco incorporados em Jesus Cristo, nosso Senhor. _ P. Oremos. D. Ajoelhemos! R. Levantai-vos! v. Omnipotente e eterno Deus, que dais continuamente novos filhos à vossa Igreja, aumentai a fé e a inteligência dos nossos Catecúmenos, a fim de que, renascidos na fonte baptismal, sejam agregados aos vossos filhos de adopção. $Per Dominum _ _ !Contra errores v. Oremos, caríssimos irmãos, a Deus Pai omnipotente, pedindo-Lhe que purifique o mundo de todos os erros; afaste as doenças; desterre a fome; abra as prisões; quebre as cadeias; conceda aos viajantes feliz viagem; dê aos enfermos a saúde; e conduza os navegantes a porto de salvamento. _ P. Oremos. D. Ajoelhemos! R. Levantai-vos! v. Omnipotente e eterno Deus, consolação dos tristes e força dos que trabalham, permiti que cheguem até Vós as súplicas dos que em qualquer tribulação a Vós recorrem, para que nas suas necessidades todos sintam com alegria o auxílio da vossa misericórdia. $Per Dominum _ _ !Pro hæreticis et schismaticis v. Oremos, também pelos hereges e cismáticos: para que o Senhor, nosso Deus, os livre de todos os erros e se digne reconduzi-los ao seio da santa mãe Igreja Católica e Apostólica. _ P. Oremos. D. Ajoelhemos! R. Levantai-vos! v. Omnipotente e eterno Deus, que quereis salvar todos os homens e não quereis que nenhum pereça, lançai vossos olhares de compaixão para as almas seduzidas pelos artifícios do demónio, a fim de que, abandonando elas toda a maldade, se arrependam dos erros e regressem à unidade da vossa doutrina. $Per Dominum _ _ !Pro Judæis v. Oremos, também pelos pérfidos Judeus, a fim de que o Senhor nosso Deus tire o véu que cobre os seus corações, e que também reconheçam nosso Senhor Jesus Cristo. _ v. Deus Omnipotente e eterno, que não desviais a vossa misericórdia ainda dos pérfidos Judeus: ouvi as orações que fazemos por este povo cego, a fim de que, reconhecendo a luz da vossa verdade, que é Jesus Cristo, saiam das trevas. $Per eumdem _ _ !Pro paganis v. Oremos, ainda pelos pagãos, a fim de que Deus omnipotente lhes arranque dos corações a iniquidade, e, abandonando os seus ídolos, se convertam a Deus vivo e verdadeiro e a seu Filho Unigénito Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor. _ P. Oremos. D. Ajoelhemos! R. Levantai-vos! v. Omnipotente e eterno Deus, que procurais sempre não a morte dos pecadores mas a sua vida, ouvi benigno a nossa oração, livrai os pagãos do culto aos ídolos e agregai-os à vossa santa Igreja, para honra e glória do vosso nome. $Per Dominum _ _ !!Adoratio crucis ! Terminadas as Orações, o Sacerdote tira a casula. Depois, voltando-se para o povo, em baixo, do lado da Epístola, descobre o alto da Cruz, e canta: _ V. Eis o Lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo! R. Vinde, adoremo-lo! V. Eis o Lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo! R. Vinde, adoremo-lo! V. Eis o Lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo! R. Vinde, adoremo-lo! _ ! Dois cantores cantam Popule meus... até Agios o Theos. Este versículo é inspirado do IV livro de Esdras. V. Ó meu povo, que mal te fiz ou em que te contristei? Responde-me! V. Foi por te haver tirado da terra do Egipto que preparaste a Cruz para o teu Salvador? R. Ó Deus santo! R. Ó Deus santo! R. Ó santo forte! R. Ó santo forte! R. Ó santo imortal, compadecei-Vos de nós! R. Ó santo imortal, compadecei-Vos de nós! _ V. Que mais por ti pudera fazer, que não tivesse feito? Plantei-te, como vinha especiosíssima! E tu converteste-te para mim na maior amargura: pois com vinagre atravessaste quiseste o mitigar-me lado do teu a sede Salvador! R. Ó Deus santo! R. Ó Deus santo! R. Ó santo forte! R. Ó santo forte! R. Ó santo imortal, compadecei-Vos de nós! R. Ó santo imortal, compadecei-Vos de nós! _ V. Por tua causa flagelei o Egipto em seus primogénitos! E tu entregaste-me para ser flagelado! R. Ó Deus santo! R. Ó Deus santo! R. Ó santo forte! R. Ó santo forte! R. Ó santo imortal, compadecei-Vos de nós! R. Ó santo imortal, compadecei-Vos de nós! _ V. Por tua causa flagelei o Egipto em seus primogénitos! E tu entregaste-me para ser flagelado! R. Ó meu povo, que mal te fiz ou em que te contristei? Responde-me! V. Tirei-te do Egipto e submergi Faraó nas águas do mar Vermelho! E tu entregaste-me aos príncipes dos sacerdotes! R. Ó meu povo, que mal te fiz ou em que te contristei? Responde-me! V. Abri o mar à tua passagem! E tu abriste-me o lado com uma lança! R. Ó meu povo, que mal te fiz ou em que te contristei? Responde-me! V. Caminhei diante de ti, como nuvem luminosa! E tu levaste-me ao pretório de Pilatos! R. Ó meu povo, que mal te fiz ou em que te contristei? Responde-me! V. Com o maná te alimentei no deserto! E tu encheste-me de bofetadas e açoites! R. Ó meu povo, que mal te fiz ou em que te contristei? Responde-me! V. Fiz brotar água do rochedo para te saciar! E tu deste-me a beber fel e vinagre! R. Ó meu povo, que mal te fiz ou em que te contristei? Responde-me! V. Por tua causa feri os reis dos Cananeus! E tu feriste-me a cabeça com uma cana! R. Ó meu povo, que mal te fiz ou em que te contristei? Responde-me! V. Dei-te o ceptro da realeza! E tu colocaste na minha cabeça uma coroa de espinhos! R. Ó meu povo, que mal te fiz ou em que te contristei? Responde-me! V. Elevei-te, revestindo-te com grande poder! E tu suspendeste-me no patíbulo da Cruz! R. Ó meu povo, que mal te fiz ou em que te contristei? Responde-me! v. Senhor, adoramos a vossa Cruz; louvamos e glorificamos a vossa santa Ressurreição; pois foi por este Lenho que a alegria apareceu em todo o mundo. _ !Sl 66. 2 V. Que Deus tenha piedade de nós e nos abençoe. Que nos ilumine com o brilho da sua face e seja misericordioso para connosco. R. Senhor, adoramos a vossa Cruz; louvamos e glorificamos a vossa santa Ressurreição; pois foi por este Lenho que a alegria apareceu em todo o mundo. _ _ !Hymnus Ant. Ó Cruz, em que tenho fé, árvore única, a mais nobre entre todas! Nenhuma floresta produz outra igual, nem nas folhas, nem nas flores, nem nos frutos. Ó amável Lenho, ó cravos sagrados, que segurais um fardo tão precioso! v. Canta, ó língua, os louros do glorioso combate; celebra o nobre triunfo de que a Cruz é o troféu! Canta a vitória que o Redentor do mundo alcançou, se imolando. _ ` Ant. Ó Cruz, em que tenho fé, árvore única, a mais nobre entre todas! Nenhuma floresta produz outra igual, nem nas folhas, nem nas flores, nem nos frutos. v. Condoído da infelicidade que a sedução trouxe ao nosso primeiro pai, precipitado na morte por haver comido o fruto funesto, o Criador, desde então, designou outra árvore para reparar os males da primeira. _ ` Ant. Ó amável Lenho, ó cravos sagrados, que segurais um fardo tão precioso! v. Tal obra era necessária para a nossa salvação. A sabedoria divina frustrou deste modo o astuto traidor, vindo-nos o remédio pelo instrumento de que se servira o inimigo para nos ferir. _ ` Ant. Ó Cruz, em que tenho fé, árvore única, a mais nobre entre todas! Nenhuma floresta produz outra igual, nem nas folhas, nem nas flores, nem nos frutos. v. Quando veio a plenitude do tempo assinalado, Aquele por quem o mundo foi criado foi mandado do trono do Pai; e, fazendo-se carne em um seio virginal, apareceu neste mundo. _ ` Ant. Ó amável Lenho, ó cravos sagrados, que segurais um fardo tão precioso! v. Deu os primeiros vagidos deitado em pobre presépio, e a Virgem Mãe cobriu-lhe com panos os delicados membros, ficando cativas com faixas de pano as mãos e os pés de um Deus! _ ` Ant. Ó Cruz, em que tenho fé, árvore única, a mais nobre entre todas! Nenhuma floresta produz outra igual, nem nas folhas, nem nas flores, nem nos frutos. v. Depois de haver vivido seis lustros, estando completo o tempo da sua vida mortal, o Redentor entregou-se livremente ao sofrimento. O Cordeiro foi elevado na Cruz para nela ser imolado. _ ` Ant. Ó amável Lenho, ó cravos sagrados, que segurais um fardo tão precioso! v. Eis que na agonia dão-Lhe a beber fel; e os espinhos, os cravos e a lança ferem o seu delicado corpo, donde manam água e sangue. E este digno rio lava a terra, o mar, os astros e o mundo inteiro. _ ` Ant. Ó Cruz, em que tenho fé, árvore única, a mais nobre entre todas! Nenhuma floresta produz outra igual, nem nas folhas, nem nas flores, nem nos frutos. v. Ó árvore augusta, verga os teus ramos, afrouxa as fibras, quebra a rigidez que te deu a natureza, e torna-te em leito macio para os membros do Rei supremo! _ ` Ant. Ó amável Lenho, ó cravos sagrados, que segurais um fardo tão precioso! v. Só tu foste julgada digna de sustentar em teus braços a Vítima do mundo. Para este mundo naufragado, tu, banhada pelo sangue do divino Cordeiro, foste o primeiro piloto que o conduziu ao porto. _ ` Ant. Ó Cruz, em que tenho fé, árvore única, a mais nobre entre todas! Nenhuma floresta produz outra igual, nem nas folhas, nem nas flores, nem nos frutos. v. Glória eterna à bem-aventurada Trindade; igual homenagem ao Pai, e ao Filho, e ao Paráclito. Que o nome de Deus uno e trino seja louvado em todo o orbe. Amen. Ant. Ó amável Lenho, ó cravos sagrados, que segurais um fardo tão precioso! ! Conduz-se Processionalmente a Divina Hóstia para o Altar onde se celebra o Ofício. Entretanto, canta-se o Hino: _ _ !Vexilla Regis v. Ó nobre estandarte do Rei dos reis, ó misteriosa Cruz, aparece agora, pois a vida sofreu a morte, e pela sua morte nos deu a vida!”, _ ` Do seu lado, ferido pela cruel lança, correm a água e o sangue, destinados a lavrar a nódoa dos nossos crimes. _ ` Cumpriu-se o oráculo de David, que nos seus cânticos inspirados havia anunciado às nações: «Deus reinará pelo madeiro». _ ` Sois bela e brilhante de gloória, ó árvore enaltecida com a púrpura do Rei: tronco escolhido e julgado digno de tocar nos membros dos santos. _ ` Ó feliz Cruz, de cujos braços pendeu o penhor do mundo! Fostes a balança que pesou o Corpo, cujo peso arrancou ao inferno a sua presa! _ ` Salve, ó Cruz, nossa única esperança, nestes dias consagrados a honrar a Paixão do Salvador concedei aos justos aumento da graça e aos pecadores apagai seus crimes. _ ` Que todos os espíritos cantem vossos louvores, ó Trindade, fonte da nossa salvação. Vós, que nos dais a vitória pela Cruz, dignai-Vos aumentá-la com a recompensa. Amen. _ _ !!Communio !O Sacerdote incensa primeiro as oblatas: v. Que este incenso, por Vós abençoado, suba até Vós, Senhor; e desça sobre nós a vossa misericórdia. _ ! Em seguida incensa a cruz e o altar, dizendo, entretanto, os seguintes versículos, retirados do Salmo 140: !Sl. 140, 2-4. v. Suba como incenso até Vós, Senhor, a minha oração: a elevação das minhas mãos seja como o sacrifício vespertino. Colocai, Senhor, uma guarda em minha boca, e uma porta em volta de meus lábios. Não deixes que meu coração se deixe arrastar por palavras de maldade, procurando desculpas para pecar. ! O celebrante entrega o turíbulo ao Diácono, dizendo: v. Que o Senhor acenda em nós o fogo do seu amor e a chama da eterna caridade. Amen. ! O Sacerdote não é incensado _ ! Tendo chegado ao Altar, o Celebrante prossegue: v. Com o espírito humilhado e com o coração contrito, Senhor, Vos pedimos, dignai-Vos receber-nos, para que este sacrifício seja feito hoje na vossa presença e de modo que Vos seja agradável. _ ! Beija o Altar e voltando-se para os fiéis, o Sacerdote convida-os a orar com ele: v. Orai, meus irmãos, a fim de que este meu sacrifício, que é também vosso, seja agradável a Deus, Pai omnipotente. ! E diz: _ _ v. Oremos: Instruídos com os salutares preceitos do Salvador e dirigidos pelos seus divinos ensinamentos, ousamos dizer: v. Pai Nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso Nome, venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; Perdoai-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos deixeis cair em tentação; R. mas livrai-nos do mal. _ ! O Sacerdote diz em voz baixa: S. Amen ! Continua em voz alta: v. Livrai-nos, Senhor, Vos suplicamos, de todos os males passados, presentes e futuros; e, pela intercessão da bem-aventurada e gloriosa sempre Virgem Maria, Mãe de Deus, e dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo e André, e de todos os Santos, dai-nos, benignamente, a paz nos nossos dias, a fim de que auxiliados com vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e seguros de toda a perturbação. R. Amen. _ ! Vira-se, dizendo Orate Frates: v. Senhor Jesus Cristo, que este vosso Corpo, que eu, ainda que indignamente, me proponho receber, não seja para meu juízo e condenação; mas que, pela vossa misericórdia, sirva à minha alma e ao meu corpo de defesa e de remédio salutar. _ ! O Sacerdote genuflecte e pegando depois na sagrada Hóstia: v. Tomarei o Pão Celestial e invocarei o nome do Senhor. ! Repete as palavras do Centurião cuja fé e humildade obteve a curo do filho. v. Senhor, não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e minha alma será salva. v. Senhor, não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e minha alma será salva. v. Senhor, não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e minha alma será salva. _ ! O Sacerdote recebe o Corpo de Jesus, dizendo: v. Que o corpo de N. S. Jesus Cristo guarde a minha alma para a vida eterna. Amen. ! Recolhe-se por uns instantes. _ ! Em seguida, toma a parcela da Hóstia com o vinho do cálice e, tendo lavados os dedos depois da oblação, inclina-se no meio do Altar com as mãos postas e diz: v. Concedei-nos, Senhor, que conservemos com pureza de coração o que acaba de receber a nossa boca; e que esta dádiva temporal, que nos fizestes, se torne para nós em um remédio eterno. _ ! Depois o Sacerdote retira-se com seus ministros. Diz-se então, no Coro Vêsperas sem canto e desnuda-se o Altar.