[Officium] Dominica in Palmis [Rule] no Gloria Credo Prefatio=Quad5 Prelude Passio omit commemoratio [Prelude] !!Bênção dos Ramos ! Depois do Asperges me cantado, o Sacerdote de capa roxa, com os seus ministros também vestidos de roxo, benze Ramos de palmeira e de Oliveira ou de outras árvores. O coro canta a antífona seguinte: _ !Ant. !Mt 21:9 Hosana ao filho de David! Bendito seja o que vem em nome do Senhor. Ó Rei de Israel! Hosana no alto dos céus! ! O Sacerdote, no lado da epístola, com as mãos juntas, sem se virar para os fiéis, canta: $Dominus vobiscum $Oremus v. Ó Deus, a quem devemos amar para sermos justos, multiplicai na nossa alma os dons da vossa inefável graça; e, já que pela morte do vosso Filho quisestes que tivéssemos esperança no que constitui o objecto da nossa Fé, permiti que pela sua ressurreição alcancemos o fim a que aspiramos: $Qui tecum _ _ ! O subdiácono depois canta a seguinte lição, e no fim beija a mão do sacerdote: !!Lição Lição do Livro do Êxodo. !Ex. 15:27; 16:1-7 Naqueles dias, chegaram os filhos de Israel a Elim, onde havia doze nascentes de água e setenta palmeiras, tendo acampado junto das águas. Partiu, então, de Elim toda a multidão dos filhos de Israel, havendo chegado ao deserto de Sin, que é situado entre Elim e o Sinai, no dia 15 do segundo mês, depois que safram da terra do Egipto. Apenas chegaram, começaram todos a murmurar contra Moisés e Aarão por estarem no deserto, dizendo: «Oxalá tivéssemos sido mortos pela mão do Senhor, quando na terra do Egipto nos assentávamos em frente das caçarolas, cheias de carne, e tínhamos pão em abundância! Porque nos conduzistes a este deserto? Para aqui morrer de fome esta multidão?». Então o Senhor disse a Moisés: «Vou mandar chover pães do céu. Que o povo, pois, saia e recolha a quantidade necessária para cada dia, a fim de que verifique se procede ou não segundo a minha lei; porém, no sexto dia, prepararão o que tiverem recolhido, que será o duplo do que costumam recolher em cada um dos outros dias». Disseram, pois, Moisés e Aarão a todos os filhos de Israel: «Esta tarde reconhecereis que foi o Senhor quem vos livrou da terra do Egipto e amanhã vereis resplandecer a glória do Senhor». $Deo gratias _ _ ! De seguida canta-se com Gradual um dos responsos seguintes: !!Gradual ! Jo 11:47-49, 50, 53 R. Os pontífices e os fariseus reuniram-se em conselho e disseram: «Que faremos? Este homem faz muitos prodígios. Se o deixamos andar livremente, todos acreditarão n’Ele. * E virão os romanos, e destruirão a nossa terra e o nosso povo». V. Mas um deles, chamado Caifás, que era o Pontífice naquele ano, disse profeticamente: «É melhor que morra um só homem pelo povo, do que pereça toda a nação». Desde aquele dia, pois, resolveram matá-l’O, dizendo: * E virão os romanos, e destruirão a nossa terra e o nosso povo». _ ! Ou este outro: !Mt 26:39, 41 R. No monte das Oliveiras orou a seu Pai: Meu pai, se é possível, afastai de mim este cálice! * Na verdade, o espírito está pronto: mas a carne é fraca; contudo, faça-se a vossa vontade. V. Vigiai e orai, para não cairdes em tentação. * Na verdade, o espírito está pronto: mas a carne é fraca; contudo, faça-se a vossa vontade. _ _ ! Entretanto, enquanto o responso é cantado, o diácono coloca o livro do evangelho no altar e o sacerdote põe incenso no turíbulo. ! v. Ó omnipotente Deus, assim como purificastes os lábios do Profeta Isaías com uma brasa de fogo, assim também purificais agora o meu coração e os meus lábios. Dignai-Vos, pela vossa benigna misericórdia, purificar-me inteiramente, para que possa dignamente anunciar o vosso Evangelho. Amen. ! Depois tira o livro do altar, e ajoelhando-se novamente diante do padre, pede a sua bênção, dizendo: D. Dignai-Vos, Senhor, abençoar-me. ! O padre responde: P. Que o Senhor esteja no vosso coração e nos vossos lábios, para que possa digna e devidamente anunciar seu Evangelho. Amen. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amen. ! O Evangelho é de seguida cantado pelo diácono com todas as pompas usuais de uma Missa Alta. !!GOSPEL Continuação ++ do santo Evangelho segundo S. Mateus. R. Glória a Vós, Senhor. !Mt. 21:1-9 Naquele tempo, como Jesus se aproximasse de Jerusalém e chegasse a Bétfage, já perto do monte das Oliveiras, mandou dois dos seus discípulos, dizendo-lhes: «Ide à aldeia fronteira e lá encontrareis uma jumenta presa e com ela um jumentinho. Desprendei-a e trazei-os. Se alguém vos disser alguma coisa, respondei: «O Senhor precisa deles». E logo os deixarão trazer». Tudo isto aconteceu para se cumprir o que fora anunciado pelo Profeta: «Dizei à filha de Sião: «Eis o teu Rei, que vem a ti com doçura, montado em uma jumenta e sobre um jumentinho, filho da que está sob o jugo». Foram os discípulos e fizeram tudo como Jesus lhes ordenara, trazendo a jumenta e o jumentinho. Então puseram em cima deles as suas capas e fizeram-n’O montar. Ora a multidão, que era numerosa, estendia as suas capas na estrada e cortava ramos das árvores, com que atapetava o caminho. E os da multidão, tanto os que O precediam, como os que O seguiam, clamavam: «Hosana ao Filho de David! Bendito seja o que vem em nome do Senhor!». R. Louvores a Vós, ó Cristo. S. Que pelas palavras do Evangelho nos sejam perdoados os nossos pecados. _ _ !!Bênção dos Ramos ! O sacerdote ainda estado no lado da epístola, canta: $Dominus vobiscum $Oremus v. Ó Deus, aumentai a fé daqueles que esperam em Vós e ouvi clemente as suas súplicas. Permiti que a vossa misericórdia desça sobre nós; dignai-Vos abençoar estes Ramos de palmeira e de oliveira; e, assim como, querendo figurar a Igreja, multiplicastes as vossas graças sobre Noé, saindo da arca, e sobre Moisés, saindo do Egipto com os filhos de Israel, assim também permiti que, levando nós estas palmas e Ramos de oliveira, caminhemos ao encontro de Cristo pelas nossas boas obras; e que com Ele entremos na alegria eterna: $Qui tecum V. O Senhor seja convosco. R. E com o vosso espírito. V. Levantai os corções ao alto. R. Assim os temos para o Senhor. V. Demos graças ao Senhor nosso Deus. R. É coisa digna e justa. Verdadeiramente é digno e justo, salutar e proveitoso, render-vos graças em todo o tempo e lugar, ó Senhor Santo, Pai omnipotente, eterno Deus, que sois glorificado na congregação dos vossos Santos. Porque todas as vossas criaturas vos servem reconhecendo-Vos por seu único Deus e Criador: e todas as vossas obras Vos louvam, e Vos bendizem os vossos Santos. Porque em altas vozes confessam diante dos reis e potências deste século, o grande e augusto nome de vosso Unigénito Filho; ao qual assistem os Anjos e Arcanjos, os Tronos e Dominações, com toda a milícia celestial, cantando e dizendo sem fim, este hino à vossa glória: ! O sacerdote diz e o coro canta: v. Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do Universo. O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hossana nas alturas. Bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas. _ _ ! O sacerdote contínua: $Dominus vobiscum $Oremus v. Vos imploramos, Senhor santo, Pai omnipotente, eterno Deus, que Vos digneis ++ abençoar e ++ santificar estes Ramos de oliveira, vossa Criatura, que fizestes nascer na árvore, semelhantes ao que a pomba levava no bico quando regressou à arca. Permiti que aqueles que receberam estes Ramos obtenham a vossa protecção na alma e no corpo; e que estes Ramos, Senhor, que são um sinal da vossa graça, se convertam em remédio eficaz para as nossas enfermidades. $Per Dominum _ _ $Oremus v. Ó Deus, que reunis o que está disperso, e, depois de reunido, o conservais, Vós, que abençoastes o povo que saiu com ramos ao encontro de Jesus, abençoai ++, também, estes Ramos de palmeira e de oliveira, que os vossos fiéis servos vão receber em honra do vosso nome, a fim de que, em qualquer lugar em que sejam colocados, aqueles que habitarem nesse lugar consigam a vossa bênção, e, afastada toda a adversidade, a vossa dextra proteja os que foram remidos por Jesus Cristo, vosso Filho, nosso Senhor: $Qui tecum _ _ $Oremus v. Ó Deus, que por um maravilhoso desígnio da vossa providência quisestes utilizar-Vos das coisas mesmo insensíveis para mostrar a admirável economia da nossa salvação, ilustrai, Vos imploramos, os corações dos vossos fiéis servos, para que compreendam salutarmente o mystério apresentado na acção daquele povo que, levado por inspiração celestial, caminhou neste dia ao encontro do Redentor e atapetou com ramos de palmeira e de oliveira o caminho por onde Ele devia passar. Com efeito, os ramos de palmeira significavam a vitória que ia alcançar sobre o príncipe da morte e os de oliveira publicavam, de certo modo, a união espiritual que ia ser espalhada. Esta feliz multidão de homens pressentiu, então, que o nosso Redentor, comovido com as misérias da humanidade, ia travar combate com o príncipe da morte, para dar a vida ao mundo inteiro, e que Ele triunfaria pela sua própria morte. Por isso, o povo ofereceu ao Senhor a homenagem destes Ramos, dos quais uns significavam a vitória e o triunfo e os outros a efusão da sua misericórdia. Nós, pois, que possuímos a plenitude da fé, vendo neste acontecimento não só o facto mas ainda a significação, Vos pedimos, Senhor santo, Pai omnipotente, Deus eterno, pelo mesmo N. S. Jesus Cristo, de quem houvestes por graça fazer-nos membros, que n’Ele e por Ele triunfemos do império da morte e sejamos dignos de participar da sua gloriosa ressurreição: $Qui vivis _ _ $Oremus v. Ó Deus, que quisestes que uma pomba anunciasse a paz ao mundo com um ramo de Oliveira, dignai-Vos santificar com vossa bênção ++ celestial, Vos pedimos, estes Ramos de oliveira e doutras árvores, a fim de que sirva de proveito a todo vosso povo para sua salvação. Por Cristo, nosso Senhor. R. Amen. _ _ $Oremus v. Abençoai ++, Senhor, Vos imploramos, estes Ramos de palmeira e de oliveira, e concedei ao vosso povo a graça de realizar espiritualmente com ardente devoção a cerimónia exterior que hoje pratica em vossa honra; e que, triunfando do inimigo por meio dela, corresponda com amor à misericordiosa obra por Vós realizada para sua salvação. $Per Dominum _ _ ! Here the celebrant puts incense into the thurible and sprinkles the palms thrice with holy water, reciting the anthem Asperges me without the psalm; then he incenses them thrice, and preceeds: ! O Celebrante asperge três vezes os Ramos, dizendo a Antífona Asperges me, incensando-os também três vezes. Após ter dito: Dominus vobiscum, contínua: $Dominus vobiscum $Oremus v. Ó Deus, que para nossa salvação enviastes a este mundo o vosso Filho, N. S. Jesus Cristo, a fim de que, humilhando-se Ele até nós, nos faça subir até Vós; e que quisestes, para se cumprirem as Escrituras, que, ao entrar Ele em Jerusalém, uma turba de povo fiel, cheia de sincera piedade, estendesse os seus vestidos e ramos de palmeira à sua passagem, concedei-nos a graça, Vos imploramos, de Lhe prepararmos pela fé um caminho onde não haja pedra, nem de tropeço, nem de escândalo, a fim de que das nossas acções brotem junto de Vós ramos de justiça, de sorte que mereçamos seguir os vestígios d’Aquele que: $Qui tecum _ _ !!PUERI HEBRAEORUM ! Terminada a Bênção, o mais elevado do Clero, em dignidade, aproxima-se do Altar e faz a entrega de um Ramo bento ao Celebrante. Este distribui então os Ramos, primeiramente ao Clero, depois aos fiéis: todos se ajoelham e beijam o Ramo e a mão do Celebrante. Durante este tempo o Coro canta as antífonas seguintes: !Antífona !Sl 12:13 Ant. Os meninos hebreus saíram com ramos de oliveira ao encontro do Senhor, clamando e dizendo: «Hosana no alto dos céus!». _ !Alia Antiphona !Mt 21:8 et 9 Ant. Os meninos hebreus estendiam os seus vestidos pelos caminhos, clamando e dizendo: «Hosana ao Filho de David! Bendito seja o que vem em nome do Senhor!». ! Se estas antífonas não basterem, serão elas repetidas até que a distribuição dos ramos seja terminada. $Dominus vobiscum $Oremus v. Omnipotente e eterno Deus, que enviastes a turba do povo ao encontro de N. S. Jesus Cristo, montado em um jumentinho, e que quisestes que ela estendesse seus vestidos, lançasse ramos de árvores no caminho e cantasse hosanas em seu louvor, concedei-nos a graça, Vos suplicamos, de imitar a inocência dessa turba e de ter parte nos seus merecimentos. $Per eundem _ _ ! A procissão dos ramos acontece agora. Quando o sacerdote põe o incenso no turíbulo, o diácono, virando-se para os fiéis, canta: V. Caminhemos em paz. R. Em nome do Cristo, Amen. ! O turiferário avança com o incesário, seguido pelo subdiácono, segurando a cruz processional entre dois acólitos carregando velas acesas. De seguida vai o clero por ordem hierárquica, e finalmente o celebrante com o diácono à sua esquerda. Todos levam ramos, e todos ou alguns deles cantam as seguintes antífonas, durante o tempo que leva a procissão. !Antífona !Mt. 21:1-3, 7, 8, 9 v. Quando o Senhor se aproximava de Jerusalém, mandou dois discípulos, dizendo-lhes: «Ide à aldeia fronteira e lá encontrareis preso um jumentinho, em o qual ninguém montou ainda. Desprendei-o e trazei-mo. Se alguém vos disser alguma coisa, respondei: «O Senhor precisa dele». Havendo-o desprendido, trouxeram-no a Jesus. Então, puseram as suas capas em cima do jumentinho e fizeram Jesus montá-lo. E alguns da multidão estendiam os vestidos no caminho, outros espalhavam ramos de árvores e todos que O acompanhavam clamavam: «Bendito seja o que vem em nome do Senhor! Bendito seja o reino de David, nosso Pai! Hosana no alto dos céus! Tende piedade de nós, Filho de David!». _ !Antífona !Jo 12:12-13 v. Havendo o povo sabido que Jesus vinha a Jerusalém, empunhou ramos de palmeiras e foi ao seu encontro. Os meninos clamavam, então: «Eis Aquele que vem salvar o seu povo! Este é a nossa salvação e a redenção de Israel! Como é grande Aquele diante de quem os Tronos e as Dominações se curvam para O receberem! Nada temas, ó filha de Sião, eis o teu Rei, que chega montado num jumentinho, como está escrito. Salve, ó Rei, criador do mundo, que viestes à terra para nos resgatar!». _ v. Seis dias antes da solenidade pascal, quando o Senhor veio à cidade de Jerusalém, saíram-lhe ao encontro os meninos, que empunhavam ramos de palmeiras e clamavam com voz forte: «Hosana no alto dos céus! Sede bendito; pois vindes a nós com a grandeza da vossa misericórdia! Hosana no alto dos céus!». _ v. As turbas do povo foram com flores e palmas ao encontro do Redentor, prestando-Lhe homenagem digna, como vencedor triunfante. Os povos anunciam hoje a grandeza do Filho de Deus. Reboam pelos ares as aclamações em honra de Cristo! Hosana no alto dos céus! _ v. Fiéis, unamo-nos aos Anjos e aos meninos e aclamemos o triunfador da morte, dizendo: «Hosana no alto dos céus!». _ v. Uma grande turba de povo, que viera à festa, foi ao encontro do Senhor, clamando: Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no alto dos céus! _ _ ! At the return of the procession two or four cantors go into the church and, shutting the door, stand facing towards the procession, singing the two first verses of the Gloria laus. These the priest repeats with those who are outside the church. The other verses, all or in part as may be found desirable, are then sung by those within, thoses remaining ourside answering Gloria, laus . . . after every second verse: _ V. Glória, louvor e honra Vos sejam dados, ó Cristo, Rei e Redentor! A quem a devoção dos meninos consagrou pios aplausos. R. Glória, louvor e honra Vos sejam dados, ó Cristo, Rei e Redentor! A quem a devoção dos meninos consagrou pios aplausos. _ v. Sois o Rei de Israel, da ínclita prole de David, ó Rei bendito, que vindes em nome do Senhor! R. Glória, louvor e honra Vos sejam dados, ó Cristo, Rei e Redentor! A quem a devoção dos meninos consagrou pios aplausos. _ v. A multidão angelical, no alto dos céus, o homem mortal e todas as criaturas cantam em uníssono os vossos louvores. _ R. Glória, louvor e honra Vos sejam dados, ó Cristo, Rei e Redentor! A quem a devoção dos meninos consagrou pios aplausos. _ v. O povo hebreu saiu ao vosso encontro com palmas. E nós vimos diante de Vós com súplicas, votos e hinos. _ R. Glória, louvor e honra Vos sejam dados, ó Cristo, Rei e Redentor! A quem a devoção dos meninos consagrou pios aplausos. _ v. Quando o povo Vos prestou homenagem, Vós íeis sofrer. E nós Vos oferecemos estes cânticos, agora, que reinais no céu. _ R. Glória, louvor e honra Vos sejam dados, ó Cristo, Rei e Redentor! A quem a devoção dos meninos consagrou pios aplausos. _ v. Tais votos foram aceites. Que a nossa devoção o seja também, ó Rei de bondade, ó Rei de clemência, a quem agrada tudo quanto é bom. _ R. Glória, louvor e honra Vos sejam dados, ó Cristo, Rei e Redentor! A quem a devoção dos meninos consagrou pios aplausos. _ _ ! Depois, o subdiácono bate três vezes na porta com o bastão da cruz processional: quando a porta se abre, a procissão entra na igreja, cantando: !!Responso v. Quando o Senhor entrava na cidade santa, os meninos hebreus anunciavam antecipadamente a ressurreição d’Aquele que é a vida. * Empunhando ramos de palmeira, clamavam: «Hosana no alto dos céus!». V. E, tendo o povo notícia de que Jesus vinha a Jerusalém, saiu ao seu encontro. * Empunhando ramos de palmeira, clamavam: «Hosana no alto dos céus!». _ ! A Glória ao Pai não é dita. A Missa é de seguida celebrada, e durante a Missa todos seguram os seus ramos enquanto a Paixão e Evangelho são cantados. [Introitus] !Sl 21:20, 22. v. Senhor, não afasteis de mim o vosso auxílio; apressai-Vos em defender-me. Livrai-me da boca do leão e das pontas dos unicórnios, pois sou fraco. !Sl 21:2 Meu Deus, meu Deus, lançai para mim vossos olhares. Porque me abandonastes? O clamor dos meus pecados afastou de mim a salvação. v. Senhor, não afasteis de mim o vosso auxílio; apressai-Vos em defender-me. Livrai-me da boca do leão e das pontas dos unicórnios, pois sou fraco. [Oratio] Deus omnipotente e eterno, que, para dar ao género humano exemplo de humildade a imitar, quisestes que o Salvador assumisse a nossa carne e sofresse o suplício da Cruz, concedei-nos benigno a graça de seguirmos as lições da sua paciência para merecermos comparticipar da sua ressurreição. $Per eumdem [Lectio] Lição da Ep.ª do B. Ap.º Paulo aos Filipenses. !Fl 2:5 - 11. Meus irmãos: Tende os mesmos sentimentos que animaram Jesus Cristo, o qual, embora fosse Deus por natureza (e não era usurpação o julgar-se igual a Deus), contudo humilhou-se a si próprio, reduzindo-se à condição de servo, tornando-se semelhante aos homens e reconhecido como homem pelas aparências. Humilhou-se a si próprio, obedecendo até à morte, e morte na cruz. Por isso Deus O exaltou e deu-Lhe um nome que é superior a todo o nome (devemos genuflectir), para que ao ser proferido o nome de Jesus todos os joelhos se dobrem nos céus, na terra e até nos infernos; e todas as línguas confessem que Nosso Senhor Jesus Cristo está na glória de Deus Pai! [Graduale] !Sl 72:24, 1 - 3. Apoiastes-me com vossa dextra; conduzistes-me segundo a vossa vontade; e elevastes-me com glória. V. Como o Deus de Israel é bom para os que possuem coração recto! Meus pés estiveram vacilantes; estive quase a cair, pois eu olhava com indignação para os ímpios, vendo a paz que gozavam os pecadores. _ !Tractus !Sl 21:2 - 9, 18 - 19, 22, 24, 32. Meu Deus, meu Deus, olhai para mim: Porque me abandonastes? V. O clamor dos meus pecados afastou de mim a salvação. V. Meu rei durante o dia e não me ouvi Deus, clama reis; clamarei durante a noite e não acharei consolação. V. Contudo, sois a glória de Israel e habitais no santuário. V. Os nossos pais esperaram em Vós: esperaram e fostes o seu libertador! V. Clamaram por Vós, e foram salvos; confiaram em Vós e não foram iludidos. V. Porém sou um verme e não um homem; sou o opróbrio dos homens, a irrisão do povo! V. Todos quantos me vêem, enchem-me de injúrias, murmuram de mim, abanando a cabeça e dizendo: V. «Esperou no Senhor; pois que venha salvá-l’O, já que O ama». V. Olharam para mim e desprezaram-me; repartiram entre si os meus vestidos e lançaram sortes sobre a minha túnica. V. Livrai-me, Senhor, da boca do leão e das pontas dos unicórnios, pois sou fraco. V. Louvai o Senhor, ó Vós, que O temeis! Cantai louvores em sua honra, ó filhos de Jacob. V. À geração futura será anunciado o Senhor; os céus proclamarão a sua justiça. V. Ao povo, que há-de nascer, ensinarão que o Senhor O fez aparecer. [Evangelium] @:Evangelium1 @:Evangelium2 @:Evangelium3 @:Evangelium4 [Evangelium1] Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo S. Mateus. !Mt. 26:1-75; 27:1-66. [Evangelium2] Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos: ++ «Sabeis que, passados dois dias, se celebrará a Páscoa e que o Filho do homem será entregue, para O crucificarem». C. Então, reuniram-se os príncipes dos sacerdotes e os anciãos na sala do sumo Pontífice, que era chamado Caifás, e deliberaram prender Jesus, insidiosamente, e matarem-n’O. Mas diziam: S. «Que isso, porém, não seja no dia da festa, para que o povo não faça tumulto». C. Então, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, aproximou-se d’Ele uma mulher, trazendo um vaso de alabastro, cheio de perfumes preciosos, derramando-os sobre a cabeça de Jesus, que estava assentado à mesa. Vendo isto, indignaram-se os discípulos, dizendo: S. «Para que serve tal desperdício? Pois poderia ter-se vendido por elevada quantia este perfume e dar aos pobres o seu preço». C. Conhecendo Jesus isto, disse-lhes: ++ «Para que causais pena a esta mulher? Foi uma boa obra para comigo, que ela praticou; pois pobres sempre os tereis convosco; porém a mim nem sempre me tereis. Espalhando este perfume sobre o meu corpo, ungiu-me para Eu ser sepultado. Em verdade vos digo: onde quer que seja pregado este Evangelho (no mundo inteiro) contar-se-á também em sua memória a acção que praticou» C. Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com o príncipe dos sacerdotes e disse-lhe: S. Quanto quereis dar-me para que eu vo-l’O entregue?». C. E combinaram dar-lhe trinta moedas de prata. Desde logo, procurou ele oportunidade para O entregar. No primeiro dia dos ázimos, vieram os discípulos ter com Jesus, dizendo-Lhe: S.«Onde quereis que preparemos o que é necessário para comer a Páscoa?» C. Jesus disse-lhes: ++ «Ide à cidade, a casa dum tal, e dizei-lhe: «O Mestre diz: «Meu tempo está próximo; quero celebrar a Páscoa com meus discípulos em tua casa». C. Os discípulos fizeram o que Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa. Chegada, pois, a tarde, achava-se Jesus à mesa com seus Doze Discípulos. E, estando eles a comer, disse-lhes: ++ «Em verdade vos digo que um de vós me trairá». C. Então, cheios de profunda tristeza, começaram, individualmente, a dizer: S. «Serei eu, Senhor?» C. Ele disse: ++ «O que me há-de trair é aquele que mete comigo a mão no prato! Com efeito, o Filho do homem vai ser traído, segundo o que está escrito a seu respeito, mas infeliz daquele que O tiver traído! Melhor lhe fora não haver nascido!». C. Ora Judas, o discípulo que O traiu, disse: S. «Serei eu, porventura, Senhor?» C. Jesus disse-lhe: ++ «Tu o disseste!». C. Enquanto ceavam, tomou Jesus o pão, benzeu-o, partiu-o e deu-o aos discípulos, dizendo: ++ «Tomai e comei: Isto é o meu corpo». C. E, pegando no cálice, deu graças e entregou-lho, dizendo-lhes: ++ «Bebei dele vós todos. Pois este é o meu sangue do Novo Testamento, que será derramado por muitos para remissão dos pecados. Digo-vos, porém, que não mais tornarei a beber deste fruto da videira, até ao dia em que o hei-de beber, novamente, convosco no reino de meu Pai». C. Havendo dito o hino de graças, saíram para o monte das Oliveiras, Então, disse-lhes Jesus: ++ «Esta noite serei para vós todos motivo de escândalo; porque está escrito: «Ferirei o pastor e as ovelhas do rebanho serão dispersas». Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vós para a Galileia». C. Porém, respondendo Pedro, disse-Lhe: S. «Ainda que todos se escandalizem, eu nunca me escandalizarei». C. E Jesus retorquiu-lhe: ++ «Em verdade te digo: esta noite, antes de o galo cantar, negar-me-ás três vezes». C. Pedro disse-Lhe: S. «Ainda que tenha de morrer convosco, não Vos negarei!». C. O mesmo afirmaram todos os discípulos. [Evangelium3] Então, foi Jesus com eles para um sítio chamado Getsémani, e disse aos discípulos: ++ «Assentai-vos aqui, enquanto vou, ali, orar». C. E, levando consigo Pedro e os filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. E disse-lhes: ++ «Minha alma está triste até à morte! Ficai aqui e vigiai comigo». C. Depois, avançou um pouco e prostrou-se com o rosto no chão, orando e dizendo: ++ «Meu Pai, se é possível, fazei que este cálice se afaste de mim; contudo faça-se a vossa vontade e não a minha». C. Em seguida, veio ter com os discípulos, encontrando-os a dormir. Disse, então, a Pedro: ++ «Pois não pudestes vigiar uma hora comigo?! Vigiai e orai para não entrardes em tentação. Na verdade, o espírito está pronto, porém a carne é fraca». C. De novo se retirou Jesus e, pela segunda vez orou, dizendo: ++ «Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que Eu o beba, faça-se a vossa vontade». C. Depois veio outra vez ter com os discípulos, que achou dormindo (até tinham os olhos colados de sono!), e, deixando-os, foi pela terceira vez orar, repetindo as mesmas palavras. Depois, veio ter com os discípulos e disse-lhes: ++ «Dormi agora e repousai: eis que se aproxima a hora em que o Filho do homem será entregue às mãos dos pecadores. Erguei-vos; vamos! Eis que está próximo o que me trairá». C. Ainda Jesus falava, quando Judas, um dos Doze, chegou e com ele numerosa turba, armada com espadas e paus, que fora enviada pelos príncipes dos sacerdotes e anciãos do povo. Ora, aquele que O traíra, havia dado este sinal à turba: S. «Aquele que eu beijar, é Esse; prendei-O». C. Logo que Judas chegou, aproximou-se do Mestre e disse-Lhe: S. E osculou-O. Jesus disse-lhe: ++ «Amigo, a que vieste?». C. Chegaram-se, então, a Ele os outros, lançaram-Lhe as mãos e prenderam-n’O. Mas, eis que um dos que estavam com Jesus, lançando mão da espada, desembainhou-a e acutilou um servo do príncipe dos sacerdotes, cortando-lhe uma orelha. Entretanto Jesus disse-lhe: ++ «Mete a espada no seu lugar; pois todos quantos se servem da espada morrerão pela espada. Acaso pensas que não posso rogar auxílio a meu Pai, que logo me enviaria mais de doze legiões de Anjos? Mas, como se cumpririam as Escrituras que anunciam que assim deveria suceder?». C. Ao mesmo tempo, Jesus disse às turbas: ++ «Viestes com espadas e paus para me prender, como se Eu fora um ladrão?! Todos os dias estava assentado convosco, ensinando no templo, e não me prendestes?! C. Tudo isto aconteceu assim, para que se cumprissem as Escrituras dos Profetas. E, naquela hora, todos os discípulos, havendo-O abandonado, fugiram. Tendo Jesus sido preso, foi conduzido a casa de Caifás, príncipe dos sacerdotes, onde estavam reunidos os escribas e os anciãos. Pedro foi seguindo Jesus ao longe, até ao pátio dos príncipes dos sacerdotes, havendo entrado e tomado lugar, junto com os criados, para ver o resultado. Entretanto, os príncipes dos sacerdotes e todos os do conselho buscavam algum falso testemunho contra Jesus para O condenarem à morte; mas o não achavam, ainda que se tivessem apresentado muitas testemunhas falsas. Por fim, vieram duas testemunhas falsas, que declararam: S. «Ele disse: «Posso destruir o templo de Deus e reedificá-lo em três dias». C. Logo se levantou o príncipe dos sacerdotes e disse: S. «Nada respondeis ao que estes dizem contra Vós?». C.Jesus, porém, nada dizia; pelo que o príncipe dos sacerdotes O instou: S. «Conjuro-Vos, por Deus vivo, que nos digais se sois Cristo, Filho de Deus!». C. Jesus respondeu: ++ «Tu o disseste; contudo digo-vos que haveis de ver daqui a pouco o Filho do homem assentar-se à direita do poder de Deus, caminhando sobre as nuvens do céu». C. Então o príncipe dos sacerdotes rasgou os seus vestidos, dizendo: S. «Blasfemou! Para que são precisas ainda testemunhas? Eis que acabais de ouvir uma blasfémia! Que vos parece?» C. Eles responderam: S. «É réu de morte». C. Então, cuspiram-Lhe no rosto e deram-Lhe bofetadas, dizendo: S. «Adivinhai, ó Cristo, quem Vos bateu?». C. Durante este tempo, continuava Pedro no pátio. Aproximou-se dele uma criada e disse-lhe: S. «Tu também estavas com Jesus, o Galileu». C. Pedro negou logo, diante de todos, dizendo: S. «Não sei o que dizes». C. Saindo, então, ele a porta, viu-o outra criada, que logo disse para os que estavam ali: S. «Este também estava com Jesus Nazareno». C. Pedro negou segunda vez com juramento, afirmando: S. «Não conheço tal homem». C. ouco depois chegaram os que ali estavam e disseram a Pedro: S. «Verdadeiramente tu também és deles, pois, o teu modo de falar, manifestamente, o dá a conhecer». C. Então, começou a proferir imprecações e a jurar que não conhecia tal homem. Subitamente, cantou o galo. E logo Pedro se recordou de que Jesus lhe dissera: «Antes de o galo cantar, negar-me-ás três vezes». Saiu, pois, para fora e chorou amargamente!.. Havendo rompido a manhã, todos os príncipes dos sacerdotes e os anciãos se reuniram em conselho contra Jesus, para O condenarem à morte. E, levando-O, conduziram-n’O e entregaram-n’O ao Governador Pôncio Pilatos. Então Judas, tendo atraiçoado Jesus e vendo que este havia sido condenado, foi logo, cheio de arrependimento, levar as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: S. «Pequei, entregando-vos o sangue inocente!». C. Mas eles disseram: S. «Que nos importa isso? Tu poderias pensar no que fazias!». C. Ele, então, arrojou as moedas para o templo, afastou-se e foi enforcar-se! Os príncipes dos sacerdotes recolheram o dinheiro e disseram: S. «Não é lícito deitá-lo no cofre sagrado, pois é o preço do sangue». C. E, havendo reunido o conselho a respeito disto, compraram com esse dinheiro o campo dum oleiro, para servir de cemitério dos peregrinos; por isso aquele campo é ainda hoje chamado «Hacéldama», isto é, campo do sangue. Com isto se cumpriu o que fora anunciado pelo Profeta Jeremias, quando dissera: «Recolheram as trinta moedas de prata, preço d’Aquele que foi posto a preço por alguns filhos de Israel, comprando com elas o campo dum oleiro, como o Senhor me ordenou». Ora Jesus compareceu perante o Governador, que O interrogou: S. «Sois o Rei dos Judeus?». C. Respondeu-lhe Jesus: «Tu o dizes». ++ E, sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu. Disse-Lhe, então, Pilatos: S. «Não ouvis as coisas de que Vos acusam?». C. as Ele não respondeu, de modo que o Governador admirava-se deveras. No dia da festa, o Governador tinha o costume de soltar o preso que o povo quisesse. Havia, então, um preso notável, chamado Barrabás. Estando todos juntos, disse Pilatos: S. «Qual quereis que solte? Barrabás ou Jesus, por apelido Cristo?». C. Pois sabia que por inveja é que lh’O haviam entregado. Quando Pilatos estava assentado no seu tribunal, mandou-lhe dizer sua mulher: S. «Não te ocupes desse justo, pois tive, hoje, sonhos, nos quais padeci muito por sua causa». C. Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo que pedisse que Barrabás fosse solto e mandasse matar Jesus. Falando, pois, o Governador, disse-lhes: S. «Qual dos dois quereis que solte?». C. Responderam: S. «Barrabás». C. Pilatos observou: S. «Que hei-de fazer, então, de Jesus, que se chama Cristo?» C. Responderam todos: S. «Seja crucificado!». C. O Governador disse-lhes: S. «Pois que mal fez Ele?». C. Porém, cada vez mais alto, bradavam: S. «Seja crucificado!». C. Vendo Pilatos que nada conseguia, mas que o tumulto crescia, mandou vir água e lavou as mãos diante do povo, dizendo: S. «Estou inocente do sangue deste justo; isso é lá convosco». C. Todo o povo respondeu: S. «Que o sangue caia sobre nós e nossos filhos!». C. Então Pilatos soltou Barrabás, e, havendo mandado açoitar Jesus, entregou-lh’O para ser crucificado. Os soldados do governador conduziram Jesus ao Pretório, formaram em torno d’Ele toda a corte, despojaram-n’O dos vestidos e cobriram-n’O com um manto de púrpura. Depois, teceram uma coroa de espinhos, puseram-Lha na cabeça, meteram-Lhe na mão direita uma cana, como se fora um ceptro, e ajoelharam diante d’Ele, escarnecendo-O e dizendo: S. «Salve, ó Rei dos judeus!». C. E, cuspindo-Lhe nas faces, tiraram-Lhe a cana e bateram-Lhe com ela na cabeça. Depois, ainda O escarneceram, tiraram-Lhe o manto, vestiram-n’O, novamente, com seus vestidos e levaram-n’O para ser crucificado. Ao sair da cidade encontraram um homem de Cirene, chamado Simão. Logo o obrigaram a levar a cruz de Jesus. E vieram para um lugar chamado Gólgota, que quer dizer: lugar do Calvário. Deram-Lhe vinho misturado com fel. Porém Ele, havendo-o provado, o não quis beber. Depois de O crucificarem, lançaram sortes sobre os seus vestidos (para se cumprir o que fora anunciado pelo Profeta): «Repartiram entre si os meus vestidos e lançaram sortes à minha túnica». Depois assentaram-se e assim O guardaram. Puseram, também, por cima da sua cabeça uma inscrição, indicando a causa da sua morte, assim escrita: «Este é Jesus, Rei dos Judeus». Simultaneamente, foram crucificados dois ladrões: um à direita e o outro à esquerda. E os que passavam por ali blasfemavam, movendo a cabeça e dizendo: S. «Ah! dissestes que destruiríeis o templo de Deus e o reedificaríeis em três dias? Salvai-Vos, pois, agora! Se sois o Filho de Deus, descei da cruz». C. Ao mesmo tempo os sacerdotes com os escribas e anciãos, escarneciam d’Ele, dizendo: S. «Salvou os outros e não pode salvar-se a si próprio? Se Ele é o Rei de Israel, que desça da cruz, e acreditaremos n’Ele. Confiou em Deus?! Pois, se Deus O ama, que O livre, porquanto Ele disse: «Sou o Filho de Deus». C. Os ladrões, que estavam crucificados com Ele, insultavam-n’O do mesmo modo. Desde a hora sexta até à nona, as trevas estenderam-se por toda a terra. Cerca da hora nona, exclamou Jesus em voz alta, dizendo: ++ «Elí, Elí, lamma sabatáni? C. Isto é: ++ «Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?». C. Alguns, porém, dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: S. «Chama por Elias». C. Logo, correndo um deles, foi buscar uma esponja, ensopou-a em vinagre, pô-la sobre uma cana e apresentou-Lha para beber. Os outros diziam: S. «Deixa; vejamos se Elias vem livrá-l’O». C. Porém Jesus, soltando de novo um grande brado, expirou! !Todos devem ajoelhar e recolher-se em meditação durante algum tempo. Imediatamente, o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu nos seus alicerces; as pedras partiram-se; os sepulcros abriram-se e muitos corpos dos santos, que haviam morrido, ressuscitaram; e, saindo dos seus sepulcros, depois da ressurreição de Jesus, vieram à cidade santa e apareceram a muitos. O centurião e os que com ele estavam para guardar Jesus, vendo o tremor de terra e tudo quanto se passava, tiveram medo e diziam: S. «Realmente, Este era o Filho de Deus!». C. chavam-se também, ali, a distância, algumas mulheres, que haviam seguido Jesus desde a Galileia para O servirem, em cujo número se contavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu. Quando já era tarde, chegou um homem rico de Arimateia, chamado José, que também era discípulo de Jesus. Este homem foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos mandou que lhe fosse entregue o cadáver; e, levando-O José, amortalhou-O em um lençol limpo e depositou-O em um sepulcro novo, que havia mandado abrir na rocha. Depois, colocou uma pedra pesada à entrada do sepulcro e se retirou. [Evangelium4] Estavam, ali, Maria Madalena e a outra Maria, assentadas, defronte do sepulcro. _ v. Ó omnipotente Deus, assim como purificastes os lábios do Profeta Isaías com uma brasa de fogo, assim também purificais agora o meu coração e os meus lábios. Dignai-Vos, pela vossa benigna misericórdia, purificar-me inteiramente, para que possa dignamente anunciar o vosso Evangelho. Amen. D. Dignai-Vos, Senhor, abençoar-me. S. Que o Senhor esteja no vosso coração e nos vossos lábios, para que possa digna e devidamente anunciar seu Evangelho. Amen. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amen. _ v. No dia seguinte, depois do Parasceve, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus reuniram-se e foram ter com Pilatos, dizendo: «Senhor, lembramo-nos de que Aquele sedutor, quando era vivo, disse: «Depois de três dias, ressuscitarei». Ordenai, pois, que seu sepulcro seja guardado, até ao terceiro dia, pois não seja o caso que os discípulos roubem o cadáver e digam depois à plebe: «Ressuscitou dos mortos!». Então, seria o último embuste pior do que o primeiro». Pilatos respondeu-lhes: «Tendes aí guardas; ide e guardai-o, como entenderdes». Eles, pois, foram, cimentaram o sepulcro, selaram a pedra e puseram-lhe guardas. [Offertorium] !Sl 68:21 - 22. As humilhações e os opróbrios aniquilaram-me o coração; procurei quem se compadecesse de mim e não apareceu ninguém; procurei quem me consolasse e não achei ninguém! E deram-me fel para comer e vinagre para mitigar a sede! [Secreta] Concedei-nos, Senhor, Vos suplicamos, que este sacrifício, que oferecemos à vossa divina majestade, nos obtenha a graça de uma pia devoção e nos assegure a posse da eterna felicidade. $Per Dominum [Communio] !Mt 26:42 Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que Eu o beba, faça-se a vossa vontade. [Postcommunio] Senhor, pela virtude deste mystério, fazei que sejamos purificados dos nossos vícios e cumulados de desejos santos. $Per Dominum