38:1 Disse:meus caminhos velarei: * para que não peque com minha língua. 38:2 Pus guarda à minha boca, * quando o pecador estava contra mim. 38:3 Permaneci mudo, humilhado e mantive silêncio do bem: * e renovou-se a minha dor. 38:4 Dentro de mim ardia o meu coração: * e na minha meditação acendiam-se chamas de fogo. 38:5 Falei com minha língua: * ó Senhor, fazei-me conhecer o meu fim. 38:6 Qual é o número dos meus dias: * para que saiba o quanto me resta. 38:7 Eis que pusestes os meus dias em medida: * e ante Vós a minha existência nada é. 38:8 Realmente tudo é vaidade, * todo o homem vivente. 38:9 Certamente que o homem como uma sombra passa: * e em vão se conturba. 38:10 Acumula: * e ignora para quem junta. 38:11 Agora, qual é a minha esperança? A não é o Senhor? * Em Vós está a minha substância. 38:12 Livrai-me de todas minhas iniquidades: * um objecto de escárnio para o insensato me fizestes. 38:13 Calei-me e não abri a minha boca, porque Vós o fizestes: * afastai de mim os vossos flagelos. 38:14 Repreendestes-me e debaixo da força de vossa mão desfaleci: * por causa da iniquidade castigastes o homem. 38:15 Fizestes que sua vida se consumisse como uma aranha: * é contudo em vão que todo o homem se inquieta. 38:16 Senhor, escutai a minha oração e a minha súplica: * atendei às minhas lágrimas. 38:17 Não Vos caleis, porque ante Vós eu sou um peregrino, * e um estranho como foram todos meus pais. 38:18 Perdoai-me, para que possa ser refrescado, * antes que parta e deixe de existir.